As falhas recorrentes em linhas de fibras têm um impacto direto na saúde financeira das fábricas de papel e celulose. Quando a confiabilidade dos ativos é baixa, os custos se acumulam de forma silenciosa, comprometendo o desempenho operacional e o resultado final do negócio. A análise do custo da não confiabilidade tem ganhado relevância por ajudar a dimensionar com mais clareza o prejuízo causado por equipamentos que param além do esperado.

Por que as falhas se repetem?

Na maioria dos casos, a origem está relacionada à ausência de uma estratégia de manutenção voltada à causa raiz dos problemas. Em equipamentos como lavadores, prensas e depuradores, é comum observar o tratamento pontual das falhas, sem ações corretivas estruturadas. O tempo passa, os mesmos erros ocorrem, e o custo segue crescendo.

Essas paradas repetidas geram perdas em três frentes: aumento do custo de manutenção corretiva, desperdício de matéria-prima e redução da produtividade da linha. O cenário se agrava quando há necessidade de horas extras, retrabalho e realocação de equipes para lidar com as emergências.

Como mensurar o impacto financeiro?

Estimar o impacto financeiro dessas falhas exige uma análise integrada de dados de manutenção, produção e perdas associadas. Entre os principais indicadores a serem considerados estão:

  • MTBF (Tempo Médio Entre Falhas): quanto menor, maior a recorrência.
  • Tempo médio de parada por falha.
  • Horas de produção perdidas por ano.
  • Volume de material descartado ou retrabalhado.
  • Custo com peças e serviços emergenciais.

Com esses dados em mãos, é possível calcular o custo anual da não confiabilidade e compará-lo com o investimento necessário para reduzir as falhas.

Prevenção como forma de preservar o caixa

Evitar falhas repetidas não é apenas uma questão técnica. Trata-se de preservar a competitividade da operação. Programas estruturados de manutenção preditiva, revisão das estratégias de sobressalentes e padronização das análises de falha são práticas que contribuem diretamente para a estabilidade das linhas de fibras.

Além disso, envolver os operadores nos apontamentos e nas inspeções ajuda a identificar comportamentos anormais antes que eles se transformem em um problema maior. Quanto mais cedo a causa é identificada, menor é o custo para resolvê-la.

Conclusão

O custo da não confiabilidade pode parecer invisível à primeira vista, mas seus efeitos são sentidos na margem de lucro e na eficiência das entregas. Monitorar, analisar e agir sobre as falhas recorrentes deixa de ser uma escolha para se tornar um diferencial competitivo para quem busca consistência nos resultados.

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