Na indústria, manter o ritmo de produção estável é determinante para a margem operacional. Um dos indicadores mais relevantes nesse contexto é o MTBF (Mean Time Between Failures ou Tempo Médio entre Falhas), que mede quanto tempo, em média, um ativo permanece operando sem falhas.
Quando o MTBF está baixo, significa que os ativos falham com frequência. Isso gera paradas inesperadas, pressiona os custos com manutenção corretiva, consome recursos de forma desordenada e afeta o volume de produção. A consequência direta é a redução da margem sobre cada tonelada produzida.
Por outro lado, um MTBF elevado aponta para equipamentos operando com estabilidade e previsibilidade. Isso permite que a produção atinja níveis mais consistentes, com menor interferência técnica e maior aproveitamento do tempo disponível. A redução nas falhas recorrentes também diminui a necessidade de retrabalhos, perdas de matéria-prima e consumo energético fora do padrão.
Quando a engenharia de manutenção e o PCM utilizam o MTBF como base para tomada de decisão, conseguem priorizar ativos críticos e identificar pontos de falha frequentes. Com isso, é possível direcionar recursos técnicos e orçamentários de forma mais inteligente. A consequência é um ciclo operacional mais estável, com menor variação de produtividade e custos sob controle.
A análise do MTBF também contribui para planejar investimentos em confiabilidade com maior segurança. Ao identificar os ativos que mais impactam a linha de produção, a gestão consegue justificar tecnicamente ações preventivas, melhorias de projeto ou substituição de componentes de forma fundamentada.
Na prática, acompanhar a evolução do MTBF e agir com base nos dados contribui para reduzir o custo por tonelada, aumentar a disponibilidade dos ativos e melhorar a previsibilidade financeira da operação. A margem operacional deixa de ser apenas uma meta contábil e passa a ser influenciada diretamente pela confiabilidade técnica dos ativos industriais.